“O que vi da montanha” – um momento missionário

Parte 3
No último dia, estávamos na pista de pouso esperando o avião da MAF… e ele não apareceu. Por isso, na mesma noite, decidimos descer a montanha a pé, no início da manhã seguinte, para chegar à estrada e pegar um táxi. Mas, à noite, aqueles que já tinham contado suas histórias disseram: “E você, jovem, qual é a sua história?” Eu contei a eles como sentia arrepios cada vez que falavam sobre missões. E cada um deles me disse, entusiasmado, que eu deveria obedecer à voz do Senhor, mas eu não entendia muito bem.
Na manhã seguinte, levantamos para orar e partir. Durante a oração, comecei a sentir aqueles arrepios, mas a dor de toda a guerra civil em Angola, das mortes, do sofrimento, como se eu tivesse cometido tantos crimes… Comecei a chorar, pela primeira vez, chorando na presença de Deus. Um irmão, Marcos Azolin, diretor da JOCUM Angola na época, segurou minha mão enquanto eu orava. Comecei a soluçar e disse em voz alta: “Deus, se o Senhor quer algo de mim, eu estou aqui para o Senhor, para o seu serviço. Perdoa Angola por todos os seus crimes!”. Depois disso, o avião apareceu. Nunca mais vi nenhum daqueles profissionais de saúde.
Em 2002, fui convidado para ser o Diretor Nacional de Evangelismo e Missões da UIEA em toda Angola.
Todos os anos, desde 2002, Deus tem me levado para falar com estudantes angolanos em diferentes países sobre missões. Muitos deles se converteram, outros se reconciliaram com o Senhor e outros se comprometeram a servir como missionários em outros lugares. Agora eu entendo que foi isso o que eu vi da montanha.
Leia a história completa em inglês em https://afrigo.org/story_resources/missionary-profile-frederico-catihe/